25 abril, 2007

Abril

acrílico s/tela
(...)
Nas minhas mãos a madrugada
abriu a flor de Abril também
a flor sem medo perfumada
com o aroma que o mar
tem flor de Lisboa bem amada
que mal me quis que me quer bem!
Ary dos Santos

15 abril, 2007

Meninos

acrílico s/tela
(...)
Um Búzio desigual e retorcido
Trazia por Trombeta sonorosa,
De Pérolas e Aljôfar guarnecido,
Com obra mui sutil e curiosa.
Depois do Mar azul ter dividido,
Se sentou numa pedra Cavernosa,
E com as mãos limpando a cabeleira
Da tortuosa cola fez cadeira
(...)
Bento Teixeira

02 abril, 2007

Banco de Jardim

acrílico s/cartão
...
Debaixo da magnólia
No jardim sossegado
O mendigo adormecera…
Agora, Já não tinha calor
Aquele corpo enregelado,
Ali, no banco, abandonado,
A vida, dele se esquecera
(...)
João Fortunato in Antologia dos poetas Alentejanos